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Namíbia

Namíbia

Por Fábio Porchat

Um dos países menos populosos do mundo, a Namíbia é um lugar praticamente intocado onde você vai explorar e passear por seus desertos e dunas. Isso não quer dizer que você não encontre os bichos típicos e até o cenário de selva que a gente espera da África. Mas o país oferece uma pegada diferente do continente e a chance de vivenciar a beleza extrema dos desertos.

Como não há voos direto para Namíbia, voei para Johanesburgo e de lá peguei um outro voo até Windhoek, capital do país. Aliás, essa é uma coisa boa de se ficar ligado quando viajar para qualquer destino na África, sobretudo os mais alternativos. A África do Sul serve de hub para a maioria dos voos no continente.

O voo Johanesburgo-Windhoek é um trajeto curto com 2h de duração. No meu roteiro eu não estava prevendo ficar por lá e ao sobrevoar a cidade você entende o porquê. Nem parece uma capital. Micro, a cidade, de cima, parece um pequeno vilarejo amontoado. Não é exatamente um lugar para se ficar pois, imagino, que não tem muito o que fazer.

Descendo em Windhoek, já embarquei em um vôo para Sossusvlei. Vale falar que se trata de um voo interno na África, ou seja, são pequenos aviões, do tipo que a FedEx faz entregas nos EUA. Se você tem medo de avião, pode dar um certo cagaço, mas o voo é supertranquilo. O mais legal é que você consegue ver toda a paisagem do país, já que ele voa baixo, o que te deixa animado para o que está por vir.

No total, eu fiquei 6 dias na Namíbia, indo para Sossusvlei e Damaraland. Fiquei duas noites no primeiro e três no segundo. Confesso que senti que o terceiro dia em Darmaraland foi demais. Eu recomendaria uma viagem de 6 com dois dias em Sossusvlei, dois em Darmaraland e mais dois no Parque Nacional do Etosha, onde você vai encontrar mais bichos e um cenário de selva africana mais familiar. (Não fui ao Etosha, pois, da Namíbia, fui para Botswana fazer safáris. Mas pelas fotos que vi e pelo o que me contavam lá, vale a pena).

DICAS

  • A moeda lá é o dólar namibiano.
  • Fora os dialetos e línguas locais, o inglês é o idioma oficial do país. Mas muitos habitantes também falam alemão por ter sido uma antiga colônia alemã.
  • Seu passaporte deve estar valendo por pelo menos 6 meses da data de embarque da viagem e conter, pelo menos, duas páginas em branco (lado a lado).
  • Ainda não é necessário visto, mas procure se informar com o consulado ou embaixada local.
  • Leve seu certificado internacional de vacinação de febre amarela. Se você não tem um, faça.
  • No voos internos, você só pode levar uma mala chamada soft (12kg) mais equipamentos fotográficos POR PESSOA. Não adianta levar mala grande, elas não cabem nos aviões. Inclusive, lá no aeroporto, eles te dão uma malinha para você colocar as suas coisas e deixam sua mala num armarinho ali mesmo. E a mala soft que eles dizem, é daquelas molengas. Mala durinha, com rodinha, não voa.
  • Não se surpreenda se seus voos internos fizerem algumas paradas durante o trajeto. O que você só vai acabar sabendo na hora. Isso é comum já que são poucos voos para poucas pessoas, o que faz com que eles ajustem de acordo com a necessidade.
  • Procure ir com tudo já agendado e esquematizado do Brasil ou de onde esteja vindo. Não vai no esquema “chegando em Sossusvlei me viro” pois isso é roubada. São aeroportos pequenos, no meio do nada e sem muita gente em volta. O ideal é ir com tudo marcado pois os guias já vêm em um Jeep te buscar saindo do avião.
  • Inclusive já pode emendar um passeio assim que chegar.
  • Não menospreze o clima. Por conta do calor intenso dos desertos você se sente muito cansado. Sempre se proteja do sol forte e mantenha-se hidratado!
  • Não ignore a temperatura fria da noite do deserto. Leve casacos e roupas quentes para não sofrer com o gelo que faz à noite.
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