Maldivas
Por Fábio Porchat
Não tem como não começar falando das Maldivas sem afirmar que elas são um pedacinho de Deus na terra. E isso são palavras de um ateu convicto. É um lugar simplesmente incrível, mágico, paradisíaco… Eu poderia encher essa página com mais e mais adjetivos para esse lugar que me deixou maravilhado e, agora, deprimido por ter ido embora. Tudo lá é espetacular: a água tem uma temperatura ideal, o clima é refrescante sem ser muito quente, não venta, mas tem uma brisa, a areia não gruda em você… Enfim, é um paraíso. Não tem como colocar de outra forma. E afirmo com propriedade: é o lugar mais lindo que já tive o privilégio de poder conhecer.
Mas como chegar ao paraíso não é moleza: é caro pra ca*$%&. Só falando assim. E como nas ilhas não existe outra possibilidade de restaurante que não os do próprio resort, a facada é praticamente obrigatória. E é uma viagem bem cansativa, que desgasta bastante. Fiz uma conexão só e escolhi ir por Dubai, mas se pode ir também por Istambul. Por esse motivo, recomendo que fique nas Maldivas para uma estadia um pouco mais longa. Definitivamente não é um destino para passar 3 dias. Considere que você perde um dia inteiro para ir e outro para voltar. Eu diria que uma estadia de, no mínimo, 6 dias é o ideal. Fui de lua de mel e recomendo bastante para todos que puderem. Mas é um destino que também funciona para famílias com crianças, pois os hotéis têm bastantes atividades para mantê-las ocupadas. Não recomendo uma viagem entre amigos, pois aí sim acaba sendo monótono e lá não é exatamente um lugar para baladas e pegação, e sim para descanso absoluto.
Ao chegar no aeroporto de Malé, a capital, você já percebe que a viagem vai ser diferente de tudo que você já viu. Primeiro porque o aeroporto é basicamente uma tenda armada para receber voos. Você sente que pousou no meio do nada. E, depois, descobre que a cidade só tem 4km quadrados onde habitam 120 mil pessoas! Mas, em geral, assim que você desembarca no aeroporto, já pega um hidroavião (ou barco) que te leva para a ilha onde fica o seu hotel. Não recomendo perder tempo em Malé. Não há nada por lá. Mesmo. A cidade é feia, suja, abarrotada e sem nenhuma atração turística válida. Vá direto para a sua ilha! Vale a dica de quanto mais afastada for a ilha do seu hotel, mais animais marinhos você terá a chance de ver de pertinho.
Os hotéis por lá são uma maravilha e todos extremamente muito bem preparados para te receber. No entanto, volto a repetir (pra não dizer que eu não avisei) que são caros – não só a hospedagem como o consumo também. Aquela coisa de uma garrafa d’água na faixa de US$15. E não há muito como fugir disso, pois não há nada em volta. Mas não deixa der ser uma experiência incrível de qualquer forma.
Fiquei em um daqueles bangalôs em cima da água e foi uma coisa sublime. É realmente acordar e ver aquele mar límpido cheio de peixes e bichos embaixo do seu quarto. Chega uma hora que você praticamente enjoa de ver arraias e tubarões. O banheiro era um caso à parte: a banheira era transparente, ou seja, o fundo dela era o mar, assim como o chão do chuveiro e da privada. Sim, você senta no vaso olhando os peixes!!! Vale conferir as diferentes atividades que os hotéis oferecem como: mergulhos (inclusive noturnos), excursões para outras ilhas e praias, além de inúmeros esportes aquáticos. Fiz o parasail e adorei. Mas não se preocupe se nada disso te apetece. Você pode tranquilamente não fazer nada e apenas aproveitar o clima e visual paradisíaco. Eu passava o dia inteiro no quarto do hotel, da hora em que acordava até o jantar. Você tem o mar a seus pés e uma piscina privativa, quer mais o que? Leve um bom livro e uma companhia perfeita e relaxe!
Simplesmente sensacional, as Maldivas são uma experiência (mágica) de vida que todos que puderem, deveriam economizar e vivenciar isso pelo menos uma vez na vida. O único contratempo é ter que se reajustar à vida normal depois de viver uns dias naquele paraíso.
ONDE ME HOSPEDEI: Anantara Kihavah
DICAS
- A moeda lá é a Rúpia Maldívia, mas leve dólares.
- A língua é o Dihevi, mas fala-se inglês em todos os lugares.
- O clima lá é tropical e úmido. Mas não é um calor sufocante. Costuma chover bastante na temporada das monções que, em geral, ocorre entre junho e agosto.
- O passaporte deve estar válido no momento da entrada no país.
- Não é preciso um visto para estadias com menos de 30 dias.
- É exigido o comprovante do certificado internacional de vacinação contra a febre amarela. E eles de fato exigem e checam isso, sobretudo nos visitantes vindo da África e da América do Sul.