Israel
Por Rosana Hermann
Israel é um país democrático do Oriente Médio. Mesmo sendo um estado judeu, dos seus 8.6 milhões de habitantes, um quarto é de não-judeus, principalmente árabes. A média de idade da população fica abaixo de trinta anos.
A primeira coisa que todo mundo pergunta antes de viajar pra Israel é ‘mas é seguro?’. Totalmente. Os conflitos de fronteiras não afetam a vida cotidiana do país. A taxa de criminalidade dentro de Israel é praticamente zero. Ninguém vai assaltar você, levar seu celular, ninguém vai assediar você. E as chances de um ataque terrorista são as mesmas de qualquer cidade como Paris ou Barcelona, que infelizmente têm acontecido frequentemente nos últimos anos.
Israel é um país bonito, único, de uma riqueza histórica impressionante, que mistura o moderno e o antigo. Israel é pequeno, do tamanho do estado de Sergipe, mas tem uma variedade geográfica enorme, com regiões de montanhas, praias, deserto e o mar Morto que fica a mais de 400 metros abaixo do nível do mar. Pra você ter uma ideia do tamanho do país em horas de viagem, dá pra tomar um banho bem cedo no mar Mediterrâneo em Tel Aviv, alugar um carro, ir pra Jerusalém, atravessar o deserto Negev, visitar o mar Morto, seguir até Eilat no extremo sul do país, mergulhar no mar Vermelho, voltar tudo num dia. Mas, claro, não há motivo pra fazer tudo na correria. O ideal é ficar pelo menos uma semana, pra visitar Tel Aviv, Jerusalém, Haifa, ver o Mar Morto e Massada e, se der, descer até a pontinha para Eilat, balneário no Mar Vermelho.
CLIMA
A variação geográfica de Israel pode ser sentida também no clima. Em Jerusalém, região de montanha, neva alguns dias por ano durante o inverno. No deserto de Negev, que cobre metade de Israel, durante o verão, a temperatura pode chegar a 50 graus durante o dia. E à noite, todo deserto é frio. A paisagem do deserto de Negev é incrível. Em alguns momentos você tem certeza que está na lua. As cores do deserto são inesquecíveis.
LÍNGUA
As línguas oficiais de Israel são hebraico e árabe, mas quase todo mundo fala inglês. Mas, qualquer coisa, quando tiver uma placa em hebraico, árabe ou russo é só usar o Google Translate que tem um ícone de câmera pra traduzir imagens. Você aponta a câmera para a placa e a tradução aparece, muito útil para todos os países com alfabeto diferente do nosso. Ah, e use o Waze para tudo, porque ele foi inventado ali mesmo em Israel.
MOEDA
A moeda local é o Shekel, que tem valor semelhante em ordem de grandeza ao nosso real. Mas como câmbio varia, é sempre bom fazer uma consulta online.
RELIGIÃO
A milenar capital Jerusalém, como se sabe, é uma cidade sagrada para três grandes religiões: Islamismo, Cristianismo e Judaísmo, mas Israel é um estado judeu e na maior parte das cidades as lojas fecham no período do Shabat, porque a lei religiosa judaica proíbe o trabalho aos sábados. Esse período vai do pôr do sol de sexta-feira até o pôr do sol do sábado. Dependendo do lugar, até o transporte público é suspenso durante o Shabat. Em compensação todo o comércio abre normalmente aos domingos, considerado a ‘segunda-feira’ para os judeus. De forma geral, é sempre bom ver o calendário de feriados e dias religiosos de qualquer lugar para onde se viaje, para não ser surpreendido com lojas e atrações fechadas por falta de informação.
CIDADES
As três maiores e mais visitadas cidades de Israel são a moderna e litorânea Tel Aviv, a bonita Haiffa e a sagrada e antiquíssima Jerusalém. Se der tempo, vá a Eilat, no extremo sul de Israel.
OUTRAS DICAS
Jerusalém é muito perto de Tel Aviv, 56 km. Mas se a distância geográfica é pequena, a diferença de ‘mood’ é imensa. Tel Aviv é uma cidade de praia, descontraída, um convite permanente para a atividade física. Jerusalem é uma cidade adulta, histórica e marcada pelo turismo religioso.
Pra mergulhar em Tel Aviv verifique a época do ano em que ‘cardumes’ de águas-vivas passam por ali. Eu queimei minha testa com água viva num mês de agosto e tenho a marca até hoje.
É comum que algumas malas não cheguem junto com você no aeroporto Ben Gurion. Isso porque algumas malas ficam retidas pra inspeção. Por mais desesperador que seja, todo mundo acaba recebendo a mala, basta ligar para o telefone que é dado no balcão de reclamação de bagagem perdida no aeroporto. Já me aconteceu duas vezes. Eu chego a achar que é só pra gente ficar ligando e eles saberem onde a gente está. No final a mala foi entregue no hotel onde a gente estava na segunda cidade visitada.
Por mais evoluído que seja o país, o povo tem um hábito péssimo de jogar bitucas de cigarro na areia da praia. Felizmente tem muita gente que recolhe tudo e limpa a praia todos os dias. As praias têm chuveiro de água doce.
A cidade de Cesareia merece ser visitada. Entre Tel Aviv e Haifa você vai passar por ela. Além de casas bonitas e uma praia lindíssima, tem um aqueduto romano que vale ser visto.
Já fui várias vezes para Israel e fiquei em diferentes tipos de hotel. O que eu mais gostei foi um hotel butique gay friendly, com café da manhã orgânico. Não deixe de experimentar sucos de todas as frutas e o delicioso mel.
Em Eilat comprei umas maxi-cangas maravilhosas. Bom lugar pra comprar coisas de praia.